FRAME: Contra as levianas acusações de fideísmo.
"Em geral, a atitude de Van Til a respeito de evidências, como sua atitude a respeito da lógica, é bastante positiva.", diz Frame [p. 139].
Van Til concorda com Warfield quando este diz que "a fé cristã não é uma fé cega, mas uma fé baseada em evidência". E chega a dizer que "o Cristianismo encontra toda demanda legítima da razão".
"Van Til acredita que todas as pessoas conhecem Deus a partir do mundo criado e a partir de si mesmos como Imagem de Deus. Com respeito à existência de Deus e à verdade do teísmo cristão, há uma 'comprovação absolutamente certa'. Essa prova é tão clara que podemos estar convictos da existência de Deus. A evidência em si é clara, não meramente 'possível' ou 'provável' [de 'probabilidade']. [...] Inclusive, todos os fatos provam a existência de Deus, desde que nenhum fato pode ser compreendido inteligivelmente sem pressupormos Deus." [p. 140.]
"Van Til incentiva o estudo detalhado de evidências históricas e científicas a favor do Cristianismo." [p. 141].
"As pessoas acusam Van Til de fideísmo porque ele critica certos conceitos tradicionais de evidência. Como com a lógica, as preocupações de Van Til dizem respeito tanto uma "filosofia" quanto ao "uso" de evidências. [...] Como a lógica, evidências têm base na natureza de Deus, seu plano eterno, e sua atividade criativa e providencial. [...] porque Deus é soberano, ele claramente é revelado em todos os seus trabalhos - em toda a Criação, incluindo nós mesmos." [p. 141.]
"Cristãos 'apelam para fatos, mas nunca para fatos brutos. Nós apelamos a fatos interpretados por Deus." [Van Til escreveu:] Cada pedaço da investigação histórica, quando estiver diretamente no campo bíblico, arqueologia, ou em história geral, está fadado a confirmar a verdade das alegações da posição cristã. Mas eu não falaria infindavelmente de fatos e mais fatos sem jamais desafiar a filosofia do fato do incrédulo.'"[p. 142]
"Van Til estava preocupado com os conflitos intelectuais de larga escala de seu tempo [...] Em sua visão macroscópica, ele viu que cristãos e não-cristãos precisavam estar conscientes das diferenças filosóficas sobre o uso de evidências." [p. 143.]
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